segunda-feira, 12 de março de 2012

Filhos: ter ou não ter? Eis a questão!

Oi pessoal, bom estar aqui de novo com vocês!!!
Hoje me propus a escrever sobre um assunto um tanto complicado, que já foi discutido por mim e algumas pessoas pessoalmente, e que causa bastante polêmica: FILHOS, ter ou não ter?
Devo dizer-lhes que minha amiga Dayane Hentzy foi quem me deu essa deixa através de um post lá no facebook. Tudo começou com reportagens exibidas no programa Mais Você, na semana passada e hoje sobre violência infantil e maus tratos de mães e pais irresponsáveis, que não apresentam mínimas condições de ter filhos, mas insistem em tê-los.Confesso que acamada como estou, após assistir a tamanhos absurdos na TV, fico tão nervosa , sem poder sair andando e respirar um ar puro, que o jeito é desabafar com as palavras...Então vamos nós...
Em breve farei 9 anos de casada, e até hoje,como a maioria de vocês sabem, não tive o menor desejo em ter filho(s). A correria do dia-a-dia, os projetos, os estudos, e, simplesmente o fato de eu não ser a pessoa mais vocacionada à maternidade na face da terra, pois crianças exigem paciência, tempo e um monte de coisas que nem sempre eu tenho!
Calma gente! Eu não sou uma bruxa,não!
Sou professora de Ed. Infantil, já tive uma equipe de animação de festa infantil, já trabalhei com animação cultural infantil, sou madrinha do Gabriel de 6 anos, enfim, as crianças povoam a minha vida! Porém, em meio a tudo isso, eu tenho uma coisa chamada "cérebro", e de vez em sempre ele funciona pesquisando detalhes das situações..Por exemplo: se eu tivesse um filho hoje, estaria literalmente em uma situação complicadíssima (pq complicadinha ela já é). Imaginem Agnaldo, meu esposo, tendo que assumir toda a responsabilidade de cuidar de mim e de um bebê ao mesmo tempo? Inviável! Ah, mas eu tenho mãe. Espera aí: a minha mãe, adorável, prestativa e maravilhosa, NÃO tem nenhuma obrigação ou responsabilidade de assumir um neto! "Quem pariu Mateus que crie" já diz o velho ditado. Ora, fazer um filho para mamãe criar é mesmo uma delícia,não é? Mas na hora de fazer, ninguém telefona para a mamãe para saber se ela quer ser mãe mais uma vez!
Ah, mas tem um detalhe: a situação em que me encontro hoje, é extraordinária, afinal, ninguém pode deixar de ter um filho com medo de sofrer um acidente e não ter como cuidar da criança, não é? É, mas independente do acidente, eu não teria condições de cuidar de uma criança com a dignidade que ela merece, mesmo gozando de plena saúde, pois não fosse o ocorrido, eu estaria naquela rotinazinha louca de acordar às 6h da manhã e não ter hora para dormir. De fazer faculdade, estudar para concurso, ter uma casa para cuidar (sim, porque eu me recuso a morar em casa bagunçada e suja!), enfim, que horas eu daria atenção à essa criança, que horas eu brincaria com ela, riria das graças dela, ouviria seus questionamentos? Que horas eu iria cuidar de mim, fazer as unhas, cortar cabelo, deitar para dormir e desligar o celular para não ser incomodada, namorar, e essas coisas que fazem parte de uma vida com qualidade.......?! Com que dinheiro eu iria sustentar essa criança, se o que eu ganho, ainda acho pouco suficiente para mim?
Por esses "singelos e básicos" motivos que eu insisto em dizer que filho tem que ser planejado, pensado, repensado e desejado! Para depois ser amado, cuidado, protegido e bem tratado!
Infelizmente, o que vemos por aí, é uma realidade bem oposta...crianças que, depois que nascem, são consideradas um fardo pelos pais; que são jogadas na creche/escola para dar liberdade à família de viver, sair, ver TV, etc (isso quando não são jogadas nas latas de lixo e nos córregos); pais deixando por conta da professora a responsabilidade de ensinar valores e regras de conduta social;  irmãos um pouco mais velhos tomando conta dos mais novos porque os pais saíram para o bar na sexta feira e não voltaram até o domingo; enfim...uma infinidade de atrocidades!
Aí você pode estar pensando:
-Mas isso é a realidade da comunidade carente onde Alany é professora!
Eu te digo: - nem sempre!
 Lá, é bem verdade, a realidade é dura. É por aí mesmo... Mas por aqui, na "elite", tem muita coisa grave acontecendo e as pessoas fingindo não ver.
Casamentos destruídos após o nascimento do primeiro filho, pois o casal ,despreparado, passa a ser pai e mãe e deixa de ser marido e mulher. Resultado disso é um sem número de filhos de casais separados.
 Há ainda os filhos frutos de namoros, de encontros casuais, etc. Muitas dessas crianças sofrem violência física e sexual por parte dos novos parceiros de seus pais, pois há seres humanos de natureza perversa, que não gostam dos filhos dos parceiros e ponto final. Não gostam e não vão gostar. São as perversões da mente humana, que só a psicologia pode explicar!( Mas isso não está escrito na testa daquele rapaz/moça lindo, sarado e "gente fina" que você conheceu e colocou dentro da sua casa.) E é o que mais acontece, e ninguém fica sabendo, pois a hipócrita sociedade não-periférica adora "abafar o caso". E também porque pais e mães estão tão seduzidos e querendo tanto ser felizes, preocupados apenas com suas individualidades, que nem lembram dos filhos. As pobres crianças, que não pediram para nascer, ficam jogadas nas casas dos avós, ficam por conta das babás ou de alguma pessoa que tiver um mínimo de caridade. As crianças que, repito: NÃO PEDIRAM PARA NASCER, ficam como mendigas, implorando atenção e amor de qualquer pessoa à sua volta!
Tenho visto casos e casos...não é uma realidade distante ou pertencente apenas à favela! Podem crer!
Desculpem minha visão pessimista à cerca de um momento tão lindo que é o nascimento de um bebê! Também acho lindo, desde que haja uma base familiar sólida para criá-lo. Desde que haja um compromisso assumido entre o casal que compartilhou momentos de puro prazer há alguns meses atrás, na hora em que fez aquele fofo bebê!
Se houver esses pré-requisitos,aí é muita alegria mesmo, pois a Bíblia diz :"Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre o seu galardão."(Salmos 127:3).
Ou seja, é bacana você perpetuar a sua espécie neste mundo, ensinar-lhes as coisas boas que você um dia aprendeu ou modificar nos seus filhos conceitos que você discorda, ensinar-lhes valores, crenças, entre outros.Porém, não esqueçam que para ensinar, é necessário um dia você ter aprendido. 
Eu vejo a criação de filhos como uma experiência científica em que, procedimentos errados, podem levar ao fim uma bela trajetória. Existem coisas que depois de feitas, não tem retorno. Filhos são seres humanos em pleno desenvolvimento. Eles formam suas próprias opiniões, baseadas nos exemplos que têm. Se você não é um bom exemplo, o que seu filho será quando for adulto?
Não tem mágica! Tem física! É a lei da ação-reação.
Fazer um filho é super-fácil. Depois vem a parte inevitável de que uma criança em muitos momentos nos tira do sério. Isso é um fato. Por mais paciente e amoroso que seja um pai ou uma mãe, há momentos em que as crianças nos irritam profundamente. Então,nessa hora é que entra em cena a tal da maturidade e do equilíbrio: corrigir, espancar ou fingir que não está vendo???O que você faz/faria?
As reportagens da TV nos mostram pais inseguros, desequilibrados, espancando filhos ou simplesmente os abandonando à própria sorte, por não quererem se "estressar" ainda mais corrigindo-os. 
Filhos criados em frente à TV, consumidores mirins que querem tudo que a mídia anuncia. Comprar tudo o que eles pedem ou explicar-lhes que nem tudo podemos possuir???
Pais violentos, omissos, permissivos, tudo em excesso faz mal! E como saber qual a dose certa? 
Perguntinha difícil essa...eu não ouso responder, ainda! Mas conheço bons exemplos e poderia citá-los. Conheço pais amorosos, que quando necessário, fazem uso de uma chinelada que funciona. Mas conheço os que são contra, e que apanham dos filhos de apenas 3 ou 4 anos de idade. 
Ter um filho e criá-lo com responsabilidade, é abrir mão de muitas coisas na vida. Se você ainda não viveu tudo o que tinha para viver, se ainda não "saracutiou" tudo que tinha para curtir, namorar, ficar na rua até o dia amanhecer, etc, não tenha filhos! Viva os seus momentos primeiro, e deixe a maternidade para mais tarde! Uma criança não é uma boneca que você brinca e quando enjoa, guarda no armário.
Uma coisa que eu acho terrível, e já presenciei inúmeras vezes, é criança perdida em meio à multidão em festas! Quantas vezes já anunciei o nome da criança, ou suas características físicas e a roupa que ela estava usando, em um palco de festa, com milhares de pessoas na rua, e a criança aos prantos...posso afirmar, pois não corro risco de estar equivocada, que em 98% dos casos, as mães estavam bêbadas ou namorando, e assim, perderam seus filhos!!!
O mundo já tem gente demais. Ter filhos para povoá-lo não se faz necessário.
Espero não estar sendo muito radical, pois na verdade, o meu desejo é ver muitas mulheres de barrigão enooorme, sendo amadas por seus maridos, perseverantes em seus propósitos, tementes à Deus, esperando seus bebês nascerem, prontas para enchê-los de amor, atenção e carinho!
Quem sabe um dia eu não faça parte desse grupo???
Mas só entro nessa se for para fazer parte deste grupo, pois do grupo das mães relaxadas, relapsas e desnaturadas, eu tô fora!
Espero que minhas amigas leitoras também estejam...
BjX e eu ainda volto a falar nesse assunto...

E para provar que minha relação com as crianças é muuuito boa, resolvi postar umas fotinhas da tia Alany e seus pimpolhos...



"É por muito amar e por muito respeitar, que espero o momento certo para deixar uma criança fazer parte integral da minha vida!"(Alany Mota)

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